segunda-feira, 15 de março de 2010

Caminhão de ideias ?


" Todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser todo verbo é livre para ser direto ou indireto nenhum predicado será prejudicado nem tampouco a vírgula, nem a crase nem a frase e ponto final! afinal, a má gramática da vida nos põe entre pausas, entre vírgulas e estar entre vírgulas é aposto e eu aposto o oposto que vou cativar a todos sendo apenas um sujeito simples." - O Teatro Mágico

Só pra começar, tive que consultar o acordo ortográfico pra saber se idéia ainda era idéia, e não é. Agora teremos ideias. Afinal, não se acentuam "ditongos abertos nas palavras paroxítonas"... Que diabo é isso ? Tudo bem, sejamos flexíveis, uma hora ou outra teremos que nos adaptar à essa mudança.

Isso tudo para compartilhar essa foto. Um caminhão com Ideas, ou melhor, ideias... A Fernão Dias é uma fonte de criatividade, tem até caminhões pensantes ! Pense, agora basta ter rodas (pernas) e um motor (mente) que as ideias podem surgir...
É humanos, façamos uso da nossa racionalidade para criar ou recriar novidades, afinal, admito que sinto medo de ser substituída por uma máquina, que pelo visto estão rechadas de ideias...

domingo, 7 de março de 2010

Regime de amor ?


Eita coração confuso, que gosta de alimentar ilusões, vê se pode ! Tá na hora de um regime do amor, mas um regime de ENGORDA. Ah, que vontade de sentir aquele friozinho na barriga, sentir que já não cabe mais brilho em meus olhos... Ixi, acabo de sentir borboletas batendo asas em meu estômago. Será ? Bela coincidência, amanhã é segunda feira, um típico dia para iniciar o meu regime... Vamos acordar, e para começar a dieta, que tal comer sorrisos pela manhã?

segunda-feira, 1 de março de 2010

A constituição do ser humano



Sou água que corre, sou farra e calma. Vou carregando pequenos detritos ao longo do curso das minhas águas. Quem vê de longe, enxerga-me límpida, de fora transparente, mas água mole não sou. Proponho um desafio, tente analisar meus componentes, tente. Os grãos se misturam, sou um carnaval de sentidos, de risadas, e que muitas vezes oculto. Água destilada não sou, sozinha não consigo fluir, por isso, levo comigo minerais, que me enriquecem, ou no mínimo me completam, costumo os apelidar de amigos. Mas as vezes, os minerais me consideram, eu água, de ferro. As vezes os atropelo, ou sou direta demais em meus movimentos. Posso machucar, mas não saio da minha fonte sem meu companheiro flúor que clareia os dentes por onde passo, sim, sei fazer sorrir. Por ser transparente adquiro a cor do lugar onde passo, mas isso não quer dizer que sou multifacetada, eu, água, carrego a cor, mas modéstia parte deixo meu brilho e meu reflexo junto às cores. Sei olhar a cor dos outros, mas a minha eu não sei. Olho, olho, e só vejo ferro, alumínio. Me vejo áspera, será ? Não. Nem tudo. Ainda restam componentes que me amaciam, que me dão formatos mais leves, mais lisos... Versatilidade acompanhada de ação, sim sou eu. Nasci em terra de fundição, deve ser por isso que trago comigo esse comportamento ferro, mas sou água. Sou água organizada, para se encaixar em mim, tem que ter forma. Aceito formas estranhas, ou não convencionais, mas há de haver forma, uma questão de estética, afinal, sou água “ clean”. Equilíbrio demais, e quando desequilibro o ferro enferruja, volto a essência, mas depois me banho de prata, e volto a ser água ferro. Sou liberdade líquida, e por ter liberdade caço meu jeito, quem anda no trilho é trem de ferro, dou meu jeito por onde passo. Reafirmo, carrego ferro, mas sou água, ou seja, meu caminho não são trilhos, são só caminhos. Não tenho objetivos únicos, posso matar sede, posso dar vida, posso ser motivo de conflitos, posso ser higiene, posso enfeitar, e ornamentar. Afinal, sou água, mas com esqueleto de ferro que me sustenta. Adquiro corpo quando preciso me impor. Quando encontro obstáculos, no início pareço descrente de ter força, mas aos poucos vou acumulando areia, terra, ferro, ferro, ferro, e quando vejo já estou mais alta que meu obstáculo. Mas sempre passo, pois sei desviar, nem sempre encaro. Sou atraída facilmente por imã, não por ser água, mas por ser ferro. Força sempre me atrai, porque perto dela me vejo fraca, e vejo que não sou tudo aquilo que penso. Ao final de tudo, só sei que não perco minha essência. Posso adquirir novos conteúdos, mas sempre serei H2O + ferro, seja ele mole ou duro. Nas minhas ligações tenho muita energia, mas gastas exaustivamente, fazem com que eu fique um bom tempo de repouso. Mas após recarregar volto a me infiltrar pelos mais voluptuosos caminhos. Julgue o que quiser, só sei que sem sal não sou. E não me importo com inferências, é como ouvi em uma rádio por onde infiltrei “ A estrada vai além do que se vê “ . Corri demais, agora peço licença, com toda a educação e modo que tenho pra poder me recarregar. Os minerais ficaram um pouco desordenados, preciso reajustá-los por aquela questão de estética a qual já me referi. Com o ferro que tenho deixo um passar bem, mas querendo ou não, sou água, e fica aqui um beijo bem grande.

- Texto de minha autoria, para uma Joaninha Tolentino Ferro e Água. ( 2009)